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componho a poesia sem pálio
sem casaco
exposta
ao frio
sobrevivente
dos tempos difíceis
no canto
elíptico
do meus neurônios
em frêmitos
acendo luzes azuis
para alumiar
estradas incompletas
procuro-me
no labirinto
de mais de 7 gigabytes
de ofensas
e me encontro
morto
insepultamente
estratificado
em cada display
uma alma perdida
sem voz própria
sem rosto próprio
desapropriada de si
imprópria
em cada touch
um estímulo
libido digital
onanismo
em si
de si
para si
silêncio
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