Foto de Iarlley Plácido |
a cidade se esvai
nas garras das sombras
silhuetas de um futuro que todo dia se anuncia
finita
derradeira
insuportavelmente habitada
mas que se desabita
nos cenhos cansados da volta pra casa
no olhar desconfiado dos transeuntes
nas bocas amargas do fel da rotina
cidade desvalida
de abraços
de corpos tranquilos nos becos
de sossego
do ir e vir e voltar
esvai-se a cidade pela réstia amarelada do sol
embriagada de veículos
perdida nos cruzamentos
nas buzinas
esvai-se pelos prédios
pelas palmeiras dos condomínios
pelas alvenarias sem reboco das favelas
pelos fios
mil fios
pelas dunas
pelos viadutos
pelas pontes
pelos monumentos
pelas praças
pelo farol
esvai-se no pretume
para renascer nas luzes
fênix
forte
fortaleza
de corpos tranquilos nos becos
de sossego
do ir e vir e voltar
esvai-se a cidade pela réstia amarelada do sol
embriagada de veículos
perdida nos cruzamentos
nas buzinas
esvai-se pelos prédios
pelas palmeiras dos condomínios
pelas alvenarias sem reboco das favelas
pelos fios
mil fios
pelas dunas
pelos viadutos
pelas pontes
pelos monumentos
pelas praças
pelo farol
esvai-se no pretume
para renascer nas luzes
fênix
forte
fortaleza
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