Cláudio, poesia e prosa

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Antropogenia

setembro 01, 2017

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POEMA

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Silêncio siléptico

um dia acordei sem ti poesia a cama prosopopeicamente pendeu para o lado vazio era o peso da disfemia de tua ausência plurissignificativa era a silepse do teu cheiro sinestésico do teu balbucio reticente onomatopaico um dia você estava outro não sim talvez volte fugaz fugidia fatal difícil ignorar o sumiço polissindético de minhas interpretações sobre o mundo sobre as coisas sobre o nada pergunto-me se um dia realmente esteve comigo poesia ou se não foi apenas divagações entorpecentes dos meus tempos de moço ou talvez uma arrogância acadêmica de intelectual letrado um dia paronomasticamente fiquei distante dos instantes bem longe das reticências dos anacolutos das antíteses dos paradoxos mas esse silêncio siléptico na minha cama no meu quintal à mesa do bar anaforicamente à mesa do bar poesia subjaz o meu grito elíptico por ti pela tua volta pelo teu preenchimento aliterante do meu vácuo verbal

Antissilêncio

Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/photos/teen-raiva-gritar-grita-mal%C3%ADcia-6618290/ o mundo é um troço barulhento o mundo humano as vozes os gritos as interjeições de desespero o desassossego o antissilêncio a humanidade estrondeante

Proposições poéticas

sou caminheiro do tempo e vou sair por aí porque sei que a vida... sou caminheiro da vida e vou sair por aí porque sei que o tempo... ah, e esta vida tardia que me chega risonha e passageira traz-me acordado um sonho destes que... e quando o sol se puser e quando a palavra se for eu vou...

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