Esteira de um egum




quando viraste andante
não havia o medo
plantado
nos jardins
dos teus olhos
de menino

havia a liberdade
mal resolvida
pelos teus desesperos de ser
o que fora prometido
nos terreiros

e quando caíssem os céus
e teu cenho se arrepiasse
em ódio

e quando olhasses distante
e chorasses tuas praças
de georges lilys
ressequidos

e quando te arremessasses
aos infernos
e tocasses tua cítara
para a amada inane

e quando partisses
sozinho
para as aldeias
ancestrais

ouvir-se-iam
os tambores
e iniciariam
os ritos

despachariam o carrego
te bateriam as cabaças
e te cantariam o arremate















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