Equação

Este poema eu o publiquei no facebook em 2012. Aqui eu o edito para o blog. 

Arte fotográfica de Fabio Stachi em prédios abandonados de São Paulo


É chato ser tão racional...
mesmo que de vez em quando a poesia
me arremesse à fantasia e aos amores.

Ah! e este calculismo paradoxal a um homem
que não domina a aritmética
nem a álgebra
nem mesmo diferencia a forma de uma casquinha de sorvete
ou graus dos raios de  um pneu de bicicleta...
eu, um homem de palavras,
esquadrinho instâncias cartesianas
e me entrego à logica ilógica
de frases analógicas.

Por quê? Como assim? Quando? Com quem? Com o quê? Para quê?
Para o caos!... o caos schopenhaueriano de almas obsoletas
que se entregaram aos seus desejos,
o mal maior dos homens.

E enquanto não passar esta catarse
e o verde meruocano arcoirizar-se
ao sol além dos rochedos mirantes
vou hiperbolizar
meus claudíssimos versos
nesta imensa rede
autoritária e solitária!

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