Um reinado chamado Cysney


Fiz este poema no dia 05 de agosto de 2012 em homenagem ao aniversário do meu amigo Cysney Sousa. Conheço-o desde os anos 90 quando foi meu aluno em Sobral. O fi-duma-mãe é poeta, músico, designer gráfico, artista plástico, inventor, auto-didata em tudo em que se interessa. Um gênio. Por isso tão fora dos padrões, por isso tão amado e tão detestado.


Foto retirada do perfil do facebook de Cisney Sousa, pois é... ele fez um em 2013


sei que estamos quase invisíveis
tal qual a foto desfocada
duma péssima lente de celular...
mas continua sendo o irmão
mais irreverente que não tive

sem perfil no facebook
sem padrões
sem rótulos
sem tíltulos
sem lenço e departamentos
sem tese - sempre antítese
sem vontade de ser a vontade dos outros

e quando a podridão assola os reinos
você é a contravontade sobralense
a antivontade hamletiana
o cinismo diogenista num barril chamado Cysney
você é Rodrigues, você é Sousa
você é o avesso paulístico-caetaneano.

E quando perguntarem who let the dogs out ?
a resposta
é você
mas não os delicados poodles tosados e bombados de uma boulevard sobralista
e sim, todos os pit-bulls
nascidos em você
e criados na COHAB 2
ou nos fundos tranquilos da Sorveteria Pop.

Comentários

  1. Ligação

    Solidão?
    Que nada!
    Não sinto saudades!
    Lembranças das tolices, das brigas,
    das "transas" que nos desfaleciam, reles momentos.
    Solidão?
    Não!
    Posso cair sobre meus próprios ombros!
    Posso dançar, sorrir, montar máquinas assistir filmes e falar com cães.
    Posso me perder em softwares, olhar e admirar obras com pets,
    brincar com seres embalsamados e escrever poesias.
    Não me importo com a falta do cheiro da tua respiração.
    Tua "língua" trocarei pela melodia de violões e guitarras.
    Sacio-me dentro da minha mixórdia e deslumbro-me com minhas criações.
    Não terei reclamações nem cobranças, nem beijos, nem carícias.
    E daí!
    O que tem a solidão?
    Cuido-me com minha amálgama medicinal
    e passo o tempo nas dobras de blusas e outros mais.
    Solidão?
    Sei lá!
    Talvez a genuína contradição que concebe a frieza,
    inspira os poetas e te faz ligar.

    Cysney S.

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