Foto de Hudson Costa: Rogênio Martins (famoso ator e diretor de teatro na cidade de Sobral) e Cláudio de Oliveira |
A
Rogênio Martins
Teu enorme olhar de olhos miúdos
atropela o trem das estações esquecidas.
Um olhar de Carlitos, um clown de boina e alforje setentista.
atropela o trem das estações esquecidas.
Um olhar de Carlitos, um clown de boina e alforje setentista.
Um pierrô mirando em dor os dormentes
e as linhas enlinhadas
de uma Sobral construída por luzias e coronéis.
O olhar das gerações do "é"
e as linhas enlinhadas
de uma Sobral construída por luzias e coronéis.
O olhar das gerações do "é"
que perpassa livremente sobre as gerações do "faz-de-conta".
É neste olhar manso e livre
que meu poema descarrila o meu bem-querer.
É neste olhar manso e livre
que meu poema descarrila o meu bem-querer.
Vou respirar os fantasmas atrevidos das personagens
vividas por ti, sob uma vista turva
entre os caracóis de minhas madeixas enfumaçadas.
E ao longo das linhas
que percorriam do Camocim a Fidelissíma Januária
vou ouvir pacato e benfazejo
o apito de uma maria-fumaça desbravadora
do moderno para chegar a um tempo
hodierno e eterno e genial e rogenial.
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