se em si

 
Este poema surgiu a partir de uma caminhada com meu amigo Iarlly Plácido por uma das veredas da serra de Meruoca. Era uma tarde de sexta-feira, dia 18 dejaneiro de 2013 e alguns acontecimentos marcaram nossa conversa naquele dia, como a morte do ator Walmor Chagas, a declaração no programa da Oprah do ciclista Lance Armstrong de que usava drogas e o polêmico show de Ivete Sangalo que aconteceria naquela noite em Sobral. Ah, e depois ele foi apresentado em forma de canção no V Colóquio Abrindo Trilhas para os Saberes (SEDUC-CE), no Hotel Ytacaranha, em Meruoca, cantada pelo artista meruoquense José Welton.
todo dia
é quase um não
uma tempestade
mangueiras e toréns
veredas ladrilhadas
bagaços e mosquitos
céu roxo e amarelo
ponto de caboclos
você vindo à noite
a noite encapada
torpedos e emotions
Armstrong na Oprah
o cachê de Ivete
Walmor Chagas morto
a curva em s
a sexta serrana
você se despindo
inversão de fá
com sétima
pra mim
em si
em sol
sertão
sem chuva
sem chavão
sins que vêm
se esquivam
se em si
sim e não
 

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