Nesta sexta começa junho
madrugando-se em mim
palavras escolhidas
palavras silenciosas
tímidas
resignadas
caseiras
ontem, na quinta, elas nasciam
desinibidas
nas ruas-morros de Meruoca
passeavam dançantes
sob olhares e assobios
aquecidas por um estranho sol
que sobralizava minhas lembranças
hoje, não...
elas silenciam a madrugada já sem verbo
espalham-se no corredor
sobem degraus
refestelam-se na rede do living
sentam-se no banco do home-office
e fazem um delicioso café sem açúcar
numa cozinha comandada por um pinguim de geladeira
mas eu não sei mais tarde
a tarde ainda virá
a noite ainda virá
não sei ainda o que elas vão virar
madrugando-se em mim
palavras escolhidas
palavras silenciosas
tímidas
resignadas
caseiras
ontem, na quinta, elas nasciam
desinibidas
nas ruas-morros de Meruoca
passeavam dançantes
sob olhares e assobios
aquecidas por um estranho sol
que sobralizava minhas lembranças
hoje, não...
elas silenciam a madrugada já sem verbo
espalham-se no corredor
sobem degraus
refestelam-se na rede do living
sentam-se no banco do home-office
e fazem um delicioso café sem açúcar
numa cozinha comandada por um pinguim de geladeira
mas eu não sei mais tarde
a tarde ainda virá
a noite ainda virá
não sei ainda o que elas vão virar
as palavras adormecem e madrugam em nós... belos poema!!!
ResponderExcluirObrigado, Léo, pela sensibilidade tão rara ainda no mundo virtual.
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