Porvir




Tenho-me dado ao porvir,
embora irrequieta
alma racional
confunda os sentidos
e me transponha
à matemática dos acontecimentos...
e fico esperando o beijo alentador
o abraço em fluidos
tua meninice
tua inconstância
e teu delirar em mantras indianos...
sob o incenso do teu cheiro
sob a bruma meruocana
sob o hálito gelado da brahma
sob meus cálculos racionais
conjeturais
claudicantes
e imperfeitos!

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